Olá Dr sou jovem, venho há bastante tempo vendo pornografia de forma desoderdenada e percebo que tá impactando bastante no meu emocional, na qualidade de vida e até nos meus hormônios. Às vezes passo uns dias sem ver e percebo uma melhora na minha energia, entre outros. O que devo fazer, tem alguma medicação que ajude ou fitoterapico? Eu cheguei até a procurar um psiquiatra, mas não gostei.
O consumo de pornografia pode levar a um quadro funcional semelhante a um desequilíbrio neuro-psiquico, com repercussões reais, tipo: queda de energia e motivação, embotamento emocional ou ansiedade, piora da concentração, redução da libido “real”, sensação de “bagunça hormonal” (mesmo quando os exames hormonais estão normais)
O dado mais importante do seu relato é este: "quando fico um tempo sem ver, percebo melhora clara da energia e do bem-estar”. Isso é um fortíssimo sinal de causa funcional, não é sua imaginação.
Embora isso não deva ser considerado um “vicio”, o importante é que você já se encontra numa situação de perda ocasional de controle, impacto negativo na qualidade de vida e de melhora objetiva quando faz abstinência.
Saiba que não existe um “remédio para parar pornografia” que resolva a raiz do problema sozinho.
Antidepressivos ou ansiolíticos só fazem sentido se houver depressão, ansiedade ou compulsão bem caracterizadas. E podem até piorar a libido e a energia se usados sem indicação clara.
O fato de você não ter gostado do psiquiatra é comum. E isso não invalida seu sofrimento, apenas indica que aquele modelo não funcionou para você.
Opções com alguma base prática:
-Magnésio glicinato ou treonato: melhora sono, ansiedade leve e autorregulação
-L-teanina: reduz impulsividade e ansiedade sem sedar
-Ômega-3 (EPA/DHA): suporte ao humor e função cerebral
Evite fórmulas “milagrosas”, testosterona, dopaminérgicos ou estimulantes sem avaliação.
O que mais funciona (e não é remédio):
-Redução estruturada (não força bruta)
- Defina períodos claros sem consumo (ex: 7, 14, 30 dias)
- Observe mudanças de energia, humor e foco
- O cérebro se recalibra, mas precisa de tempo
O cérebro não tolera “vazio”. Por isso:
-Faça atividade física regular, diária.
-Tome sol pela manhã
-Assuma tarefas e as faça de verdade (começo–meio–fim)
-Pratique contato social real (mesmo simples)
Você não precisa voltar a um psiquiatra agora.
Muitos pacientes se dão melhor com psicólogo que adote abordagem cognitivo-comportamental ou pratique terapia focada em hábitos, impulsividade e autocontrole.
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